Na sentença proferida na noite desta quarta-feira (27), André Felipe de Souza Alves Pereira, de 22 anos, foi condenado a 10 anos e três meses de prisão por vazar imagens das autópsias dos cantores Marília Mendonça e Gabriel Diniz após suas mortes.
O réu enfrentou uma série de acusações, incluindo vilipêndio a cadáver, divulgação do nazismo, xenofobia, racismo contra nordestinos, uso de documento público falso, atentado contra serviço de utilidade pública (escolas) e incitação ao crime.
O juiz Max Abrahao Alves de Souza, da 2ª Vara Criminal de Santa Maria, afirmou que as ações de André Felipe tinham o objetivo de “humilhar e ultrajar” os artistas, considerando suas graves consequências.
Em relação ao crime de vilipêndio a cadáver, o réu fez uma “confissão expressa e espontânea”, admitindo ser o titular e gerenciador de um perfil usado para compartilhar as imagens dos cadáveres de Marília Mendonça e Gabriel Diniz. Essas fotos foram disseminadas pela rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, e a acusação foi corroborada por um laudo da perícia criminal em seu celular.
A investigação também revelou que o mesmo perfil havia sido usado para postagens ameaçadoras com armas de fogo e conteúdo racista, de acordo com informações do Ministério da Justiça, fornecidas no contexto da investigação “Escola Segura”.
André Felipe de Souza Alves Pereira permanecerá detido, como determinado pela Justiça desde abril deste ano.
Segundo informações obtidas pela CNN junto a investigadores, o réu obteve acesso a imagens da necropsia dos cantores Marília Mendonça, Gabriel Diniz e Cristiano Araújo, compartilhando indiscriminadamente o conteúdo. Marília Mendonça e Gabriel Diniz perderam a vida em acidentes de avião, enquanto Cristiano Araújo faleceu em um acidente de carro.