A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante, na última sexta-feira (14/10), três investigados, de 28, 34 e 36 anos, por extorquir um homem, de 32, no município de Aiuruoca, Sul do estado. De acordo com as investigações, a vítima foi ameaçada pelo trio – suspeito de atuar em associação criminosa responsável por diversos crimes na cidade de Liberdade, mesma região – por ela não ter acertado uma dívida antiga no valor aproximado de R$ 140 mil.
O crime foi registrado no dia 12 de outubro. A vítima, por não aceitar falar por telefone com um dos suspeitos, foi coagida seguidamente pelo grupo criminoso. Inicialmente, eles passaram a monitorar a residência da ex-esposa do homem, na tentativa de registrar fotos da filha do casal, de 9 anos. O homem foi obrigado a solicitar que a namorada emitisse dois cheques nos valores de R$ 70 mil e 72 mil como garantia da quitação da dívida.
Os investigados insistiram nas ameaças, até que um encontro fosse marcado. Nessa ocasião, a vítima foi aterrorizada pelos três homens, que chegaram a sacar uma faca para ela e a advertiram que iriam amputá-la caso não cumprisse com o combinado. Em seguida, o homem foi liberado pelos suspeitos para conseguir o dinheiro.
As polícias Civil e Militar, já ciente do caso, descobriram o carro que os suspeitos utilizaram, o qual foi apreendido em Pouso Alto com infrações de trânsito. Dois rádios comunicadores na frequência utilizada pelos policiais militares da região também foram recolhidos dentro do veículo.
Operação
A vítima procurou a Polícia Civil e uma operação foi montada para prisão em flagrante dos investigados no momento em que ocorreria a negociação, marcada em uma churrascaria. A equipe policial aguardou até que a transação fosse concluída, realizando as prisões imediatamente. No novo veículo utilizado pelos suspeitos na ação criminosa, os policiais encontraram mais de R$ 63 mil, além dos dois cheques emitidos pela namorada da vítima.
Com as prisões, a PCMG espera concluir outro inquérito policial em tramitação que investiga a venda de um veículo clonado mediante fraude. Na ocasião, uma família residente na zona rural de Liberdade também foi ameaçada a vender um sítio para quitar a dívida.
Os suspeitos, que já se encontram no sistema prisional, responderão pelos crimes de extorsão e associação criminosa.