A Vale concluiu negociações com o Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos e dará início à primeira etapa do projeto para desenvolver uma planta industrial de briquetes de minério de ferro no estado da Louisiana. Nesta fase inicial, mais de US$ 3,8 milhões em fundos serão direcionados para estudos de engenharia e envolvimento comunitário ao longo de 2025.
O apoio financeiro, concedido à Vale USA LLC (uma subsidiária integral da Vale), faz parte de um acordo cooperativo no âmbito do Industrial Demonstrations Program do DOE. Esse programa está relacionado à Bipartisan Infrastructure Law e à Inflation Reduction Act, prevendo um investimento total de até US$ 282,9 milhões até 2031.
O projeto tem como objetivo a produção em escala industrial do inovador briquete de minério de ferro da Vale, especialmente adaptado para a rota de redução direta (DRI). Com uma capacidade estimada de 1,5 milhão de toneladas anuais e potencial de expansão, a planta será estrategicamente localizada na região de River Parishes, às margens do rio Mississippi, facilitando o acesso aos consumidores finais nos Estados Unidos. A tecnologia utilizada permite uma redução significativa nas emissões de CO2, óxidos de enxofre (SOx) e óxidos nitrosos, além de demandar o mínimo uso de água em comparação à produção convencional de pelotas de minério de ferro.
A parceria com o DOE reforça a dedicação da Vale em desenvolver soluções sustentáveis. Segundo Gustavo Pimenta, presidente da Vale, o acordo é um marco importante para a empresa. “Esse projeto valida nossa estratégia de inovação centrada no cliente e nos posiciona para liderar a transformação do setor siderúrgico em direção a uma maior eficiência e sustentabilidade. O mercado norte-americano, líder em aço produzido com fornos elétricos a arco, apresenta uma demanda crescente por metais de baixa emissão, e a colaboração com o DOE é uma oportunidade única para atendermos a essa necessidade.”
O briquete de minério de ferro é um componente essencial no compromisso da Vale de reduzir em 15% as emissões líquidas de escopo 3 até 2035. Adicionalmente, a empresa planeja reduzir suas emissões absolutas de escopo 1 e 2 em 33% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050, em alinhamento com os objetivos do Acordo de Paris.