Representantes da Prefeitura de Itabira e da Associação de Proteção à Infância Nosso Lar se reuniram mais uma vez na tarde desta terça-feira (9) para tratar da paralisação dos serviços das três creches mantidas pela entidade. O município reiterou que seguirá a convenção coletiva de trabalho, com reajuste de 5,7% para os profissionais da organização, e propôs a discussão de uma pauta que incorpore as reivindicações adicionais no orçamento de 2025, não só para a Nosso Lar, mas para as demais creches conveniadas.
O município solicitou o fim do movimento grevista e o imediato retorno das crianças atendidas pelas creches administradas pela Nosso Lar. Ao mesmo tempo, informou já ter um plano para absorver o serviço de maneira direta, a partir do retorno do recesso escolar, em agosto, caso seja necessário o rompimento do atual contrato devido à paralisação ilegal.
A posição do município se sustenta pelos princípios da legalidade, responsabilidade fiscal e isonomia. O movimento grevista reivindica pautas que extrapolam a convenção coletiva que sustenta o contrato firmado entre a Prefeitura e a Nosso Lar. O reajuste salarial requerido, mesmo que fosse passível de ser acatado, criaria uma disparidade entre as conveniadas que prestam o mesmo serviço e até mesmo com os servidores públicos municipais que atuam na educação infantil.
A proposta de uma discussão mais aprofundada leva em conta não só as bases salariais e as variações de acordo com o nível de formação do profissional, mas também questões como infraestrutura, disponibilidade de vagas e índices de aprendizagem, seguindo o que rege o Plano Municipal da Primeira Infância e, assim, estabelecendo um critério isonômico entre todas as conveniadas.
Após a entrega da proposta de maneira oficial, a Prefeitura de Itabira aguardará uma resposta da Associação de Proteção à Infância Nosso Lar para definir as próximas ações.