Fortuna de Zuckerberg pode estar ameaçada por problemas na Meta (AP Photo/Mark Lennihan)

Um dos homens mais ricos do mundo, Mark Zuckerberg, está perdendo mais dinheiro do que a maior parte da população do planeta conseguiria sonhar em ter. De acordo com o Bloomberg Billionaires Index, índice de bilionários da Bloomberg, atualizado periodicamente com as estimativas de fortunas das pessoas mais ricas do mundo, o CEO da Meta já teria perdido cerca de US$ 71 bilhões neste ano. (cerca de 367 bilhões de reais em moeda atual)

Além do contexto difícil para o setor de tecnologia, que viu o preço das ações caírem para todas as empresas do setor, como Google, Tesla, Amazon e diversas outras, a Meta vem passando por outros problemas, como sua busca do Metaverso e a crescente competição no setor de mídias sociais.

O setor da Meta responsável pelo desenvolvimento do mundo virtual, o Reality Labs, é um dos que mais dá prejuízo para a empresa. Em uma conferência, Zuckerberg afirmou não se importar com isso, pois acredita que todo esse investimento vale a pena para posicionar sua empresa à frente desse mercado de “centenas de bilhões de dólares”. “Estou confiante de que ficaremos felizes por termos desempenhado um papel importante na construção disso”, afirmou o empresário.

Por outro lado, o setor pelo qual a empresa é mais conhecida, o das redes sociais, também vem performando mal. Em fevereiro pela primeira vez o Facebook não registrou crescimento no número de usuários mensais na plataforma, causando uma queda histórica no preço do papel da companhia.

Já sua segunda rede mais potente, o Instagram, vem sofrendo com a forte competição da rival TikTok e agora da BeReal. A plataforma de fotos e vídeos não consegue se adaptar aos novos modelos de mídia social sem irritar sua atual base de usuários, ao mesmo tempo, vê os rivais ganharem chão enquanto seu modelo de negócios se torna ultrapassado.

Além disso, a Meta passa por uma série de polêmicas legais nos Estados Unidos e no mundo, sendo acusada por ex-funcionários e legisladores de não fazer o suficiente para impedir o crescimento de extremismo político em suas redes.

Por conta de todos esses motivos, nos últimos dois anos Zuckerberg caiu de terceiro homem mais rico do mundo para o 20º, ficando atrás de bilionários de indústrias mais convencionais como os Walton e os Koch, dos setores de varejo e de gás e petróleo, respectivamente.