Com objetivo de melhorar a prestação de serviço para Itabira e região, assim como oferecer novos tratamentos em saúde, o Conselho Administrativo do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) apresentou, na última quinta-feira (9), à Irmandade Nossa Senhora das Dores (INSD), entidade mantenedora do centro médico-hospitalar, o projeto HNSD 2030. A iniciativa reúne uma série de ações para ampliação do espaço físico, implantação de novos serviços e ampliação do ambiente de inovação da instituição.
A abertura e apresentação do plano para 2030 foi feita pelo provedor Márcio Labruna, com participação do consultor de inovação, Eugênio Müller, e do analista de projetos de inovação da instituição, André Carvalho.
A proposta busca definir uma visão objetiva de futuro, alinhada às demandas de Itabira e região — estabelecendo, assim, as diretrizes para o crescimento e desenvolvimento do HNSD.
O hospital, que já atende a pacientes com câncer no tratamento de quimioterapia, se prepara para atender também aqueles que necessitam de tratamento de radioterapia e cirurgia oncológica. Ampliando sua atenção em casos de alta complexidade. A unidade, ainda, focou no desenvolvimento da hemodinâmica, serviço fundamental para clientes com problemas cardiovasculares.
Dando passos rumo a um futuro promissor na saúde, está prevista para início de 2024 a inauguração da unidade de radioterapia — que recebe o maior aporte financeiro do governo federal na área de saúde em Itabira —; a criação de salas para cirurgias oncológicas; a construção de novos leitos de apartamento; a estruturação de uma nova unidade de terapia intensiva (UTI); a ampliação do Serviço de Nutrição e Dietética (SND); e a implantação de um novo estacionamento, dentre outras iniciativas.
“Buscamos a consolidação do nosso hospital como referência macrorregional. Eu queria que vocês saíssem daqui hoje entusiasmados com esse projeto para o futuro do HNSD. Vamos apresentar esse projeto para possíveis parceiros que possam nos ajudar nessa empreitada”, afirmou Labruna.
No encontro, também foram divulgados alguns dos trabalhos já em andamento no hospital, como a parceria de relevância nacional que a instituição firmou com o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. O HNSD faz parte do projeto Telescope, o qual promoverá uma assistência ainda melhor ao cliente através da implantação da telemedicina na sua UTI. O projeto Telescope tem a participação de 25 hospitais do Brasil e dois de Minas Gerais, destacando o potencial que o HNSD tem no cenário nacional e regional ao ser um dos escolhidos para a iniciativa.
Outras ações também foram apresentadas, como as parecerias com instituições de ensino, a exemplo da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) – Campus Itabira e o Senai, promovidas pelo setor de inovação do HNSD.
Com a Unifei, mais de 250 estudantes que têm a disciplina de empreendedorismo estiveram envolvidos no mapeamento de processos do HNSD e na apresentação de soluções, como a construção de um robô para desinfecção do bloco cirúrgico. Já com o Senai, mais 70 alunos também atuam na elaboração de protótipos que possam otimizar o trabalho no ambiente hospitalar, como a criação de um carrinho de lavanderia sem ruído, o que traz mais conforto para os pacientes.
Outro ponto destacado é o programa de inovação para colaboradores, com 20 projetos internos desenvolvidos e mais de 80 lideranças envolvidas. Dentre essas iniciativas, está a transformação da lavanderia do hospital em uma unidade de negócios, que aumentou a vida útil do enxoval hospitalar, passou a atender outros clientes e se tornou um setor que gera superavit financeiro para a instituição.
O que dizem os membros da Irmandade?
“Essa modernização que está sendo feita agora, de dois anos para cá, é exatamente para atingir esse objetivo de que o hospital seja uma referência regional, já que ele atende praticamente toda a nossa região”, avaliou Luiz Alberto Dimas de Almeida, que também é membro da mesa diretora do hospital.
“Entender que existe um plano de médio e longo prazo para desenvolvimento e aperfeiçoamento das atividades que são prestadas é muito gratificante, principalmente entendendo que é possível transformar o hospital em um negócio sustentável sem perder a essência da irmandade, de uma Santa Casa, o que é fundamental para que o serviço prestado seja cada vez melhor”, analisou o advogado Pedro Macieira.