Gil Leonardi / Imprensa MG

O governador Romeu Zema assinou, nesta terça-feira (25/10), a ordem para reinício das obras do Hospital Regional de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. A construção foi iniciada em janeiro de 2014, mas com apenas 50% de conclusão foi paralisada em novembro de 2016, após o governo anterior interromper os repasses.

Com a retomada dos trabalhos, a expectativa é a de que o hospital fique pronto em até 24 meses. Somente na microrregião de Teófilo Otoni/Malacacheta serão 11 municípios atendidos, beneficiando 280 mil habitantes.

Após a conclusão, a unidade contará com 427 novos leitos – 372 de internação, 30 UTI adulto e 25 UTI neonatal. A estrutura contará com bloco de internação, apoio ao diagnóstico e terapia, centro cirúrgico e obstétrico; UTI e Pronto Socorro, farmácia, lavanderia, oficina, vestiários para funcionários e guarda-cadáver. O hospital também contribuirá na ampliação da oferta de serviços para atenção às necessidades de cirurgias eletivas.  

Durante atendimento à imprensa, Zema explicou que já havia assumido o compromisso de concluir seis hospitais regionais no segundo mandato. “Hoje, estou tendo a satisfação de assinar a ordem de serviço para a retomada da obra do maior deles. Não é porque a eleição passou que os planos mudam. Nossos planos sempre foram muito consistentes”, disse.

De acordo com o governador, o Hospital Regional de Teófilo Otoni será o segundo maior hospital SUS de Minas, só perdendo para a Santa Casa. “Isso vai provocar uma revolução na área da saúde da região”, afirmou.

O governador lembrou, ainda, que cerca de 70 obras de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que estavam abandonadas pelo estado também foram retomadas e concluídas ao longo da primeira gestão.

O valor do novo contrato ultrapassa os R$ 104 milhões. Na primeira etapa da obra, cerca de R$ 54 milhões já foram investidos.

Vale lembrar que o empreendimento será administrado pela empresa KTM Administração e Engenharia Ltda., que apresentou a melhor proposta, com valor 11% menor que o orçado inicialmente pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG). Com isso, foi possível economizar R$ 12,88 milhões para os cofres públicos. O resultado do edital de licitação – na modalidade de Regime Diferenciado de Contratações (RDC) foi homologado em 6/10 pelo departamento estadual.

Exemplo

Já o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, lembrou que o hospital conseguirá reduzir as demandas e os vazios assistenciais. “Os recursos estão garantidos tanto para as obras quanto para a aquisição dos equipamentos, como tomógrafos de última geração, ressonância, bloco cirúrgico moderno, capazes de reconfigurar toda essa rede. Esse hospital não veio concorrer com os existentes. Ele existirá para complementar e fazer da região um exemplo de atendimento em Minas”, disse.

Prioridade

O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, afirmou que o governador redirecionou as prioridades em Minas Gerais. “A conclusão das obras dos seis hospitais ficará em torno de R$ 700 milhões. Esse é o valor que muitos governadores gastaram fazendo estádios de futebol. O governador priorizou o dinheiro público para as ações que precisam ser feitas”, explicou. 

A finalização será viabilizada por meio dos recursos do Termo de Medidas de Reparação assinado com a Vale devido ao desastre de Brumadinho. O Acordo Judicial visa reparar os danos decorrentes da tragédia, que tirou 272 vidas e gerou uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o estado de Minas Gerais.