A Vale e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram nesta quarta-feira (2/10) que o consórcio formado pela Ore Investments e a JGP BB Asset foi selecionado em primeiro lugar na chamada pública para a escolha de um Fundo de Investimento em Participações (FIP) com foco em projetos de pesquisa, desenvolvimento, implantação ou operação de ativos de minerais estratégicos para transição energética, descarbonização e minerais fertilizantes. Esse é primeiro fundo de investimento em participações do BNDES focado em mineração.
Na seleção, em segundo lugar ficou a ACE Capital Grou e, em terceiro, o consórcio formado pela Tivio Capital e RCF. Com a finalização desta etapa, a proposta vencedora participará de rodada final de avaliação das condições contratuais, regulamento do fundo e de diligências legais.
O edital, anunciado em maio de 2024, prevê que a BNDESPAR e a Vale irão subscrever cotas no valor mínimo de R$ 100 milhões e máximo de R$ 250 milhões cada, observado o percentual máximo de participação individual de 25% no capital comprometido total do Fundo. O investimento será submetido à aprovação das alçadas competentes dos investidores âncoras, com aportes a serem realizados conforme as necessidades do
fundo de investimento.
“A criação do Fundo de Minerais Estratégicos dá continuidade ao apoio do BNDES ao setor de mineração. Nos últimos dez anos, foram investidos R$ 8,3 bilhões em financiamentos para cerca de 1.800 empresas. A exploração sustentável dos minerais críticos será fundamental para colocar o Brasil na liderança global da transição energética, um dos objetivos centrais do governo do presidente Lula”, afirma o presidente
do BNDES, Aloizio Mercadante.
“A Vale é uma grande produtora de minerais para a transição energética e tem orgulho de integrar uma iniciativa que vai potencializar os investimentos em metais críticos e promover o crescimento das cadeias produtivas nacionais. O grande interesse pela gestão do fundo evidencia a robustez do mercado de exploração e produção de minerais estratégicos no Brasil”, afirma o presidente da Vale, Gustavo Pimenta.
FIP Minerais Estratégicos
O Fundo tem estimativa de mobilizar até R$ 1 bilhão, recursos que poderão ser investidos em cerca de 20 empresas júnior e de médio porte que atuem em pesquisa mineral, desenvolvimento e implantação de novas minas de minerais estratégicos no Brasil.
O Fundo irá priorizar os minerais para transição energética e descarbonização, sendo eles, cobalto, cobre, estanho, grafita, lítio, manganês, minério de terras raras, minérios do grupo da platina, molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco. Fosfato, potássio e remineralizadores, minerais fundamentais para a fertilidade do solo, também estão no rol de elementos abrangidos pelo Fundo.