Vale / Divulgação

A Vale identificou trincas superficiais na barragem Forquilha III, localizada na mina de Fábrica, em Ouro Preto, Minas Gerais, conforme comunicado pela própria companhia. Apesar da detecção dessas trincas, a empresa garantiu que a estabilidade da estrutura permanece inalterada.

Após a constatação, a Vale iniciou verificações adicionais na barragem, informando os órgãos competentes e implementando um plano de ação para investigar e, se necessário, corrigir as falhas. A empresa reforçou seu compromisso com o avanço no processo de descaracterização da barragem e a redução do nível de emergência da estrutura.

Atualmente, a barragem Forquilha III encontra-se em nível de emergência 3, o mais alto da escala, e é monitorada de forma permanente. Ela possui uma Estrutura de Contenção a Jusante e sua Zona de Autossalvamento já foi evacuada, sem presença de comunidades próximas.

Tragédia de Brumadinho: Um marco na história das barragens

Em 2024, completa-se cinco anos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, tragédia que resultou na morte de 272 pessoas, incluindo dois bebês em gestação. O colapso liberou uma grande quantidade de rejeitos, afetando municípios da bacia do Rio Paraopeba.

Após o desastre, foi sancionada a Lei Mar de Lama Nunca Mais em 2019, que proibiu a construção de novas barragens a montante e determinou a descaracterização das que ainda permanecem ativas. A Forquilha III está atualmente passando por esse processo de adequação.

Barragens a montante, como a que rompeu em Brumadinho, são construídas utilizando o próprio rejeito da mineração, formando uma estrutura instável ao longo do tempo. Esse método foi utilizado também na barragem de Mariana, outro grande desastre ocorrido em Minas Gerais.