Divulgação: PCMG

Em Ponte Nova, na Zona da Mata, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito instaurado para apurar os crimes de corrupção ativa e passiva em prova prática de direção de veículo na categoria B. As investigações resultaram no indiciamento de um instrutor de autoescola, de 40 anos, e do marido de uma candidata à CNH, de 35.

Conforme apurado, o homem teria entregado ao instrutor a quantia de R$ 3 mil com o objetivo de garantir a aprovação de sua esposa na prova. O instrutor, por sua vez, afirmou que repassaria o valor a um examinador da Polícia Civil, porém, após a candidata ser reprovada, o marido reclamou com um policial civil integrante da banca examinadora. O policial comunicou imediatamente o ocorrido ao coordenador da Comissão Examinadora de Ponte Nova, o delegado regional Carlos Roberto Souza.

Alerta

O delegado regional alerta que oferecer qualquer quantia para ser aprovado em exames para obtenção de CNH configura crime grave de corrupção ativa. “Ressalto que, no caso do instrutor indiciado, ao receber o valor, cometeu corrupção passiva, pois sendo credenciado pelo poder público, age como se fosse um funcionário público”, explicou o delegado, que ainda acrescentou, “já o homem de 35 anos também praticou o crime de corrupção, na modalidade ativa”.

De acordo com Carlos Roberto, o caso destaca a importância de denunciar práticas corruptas no processo de obtenção da CNH e reforça o comprometimento das autoridades em combater tais condutas ilícitas.

Golpe

Conhecido como “golpe do sapatinho”, o crime ocorre quando o candidato é aprovado e o instrutor da autoescola alega ter repassado parte do valor ao examinador. Caso o candidato seja reprovado, o instrutor devolve parte do dinheiro, justificando não ter conseguido realizar o acerto com o examinador.

No caso ocorrido em Patos de Minas, após a reprovação, o marido da candidata procurou o instrutor e conseguiu reaver parte do valor, totalizando R$ 2 mil.