Foto / Reprodução / Fedes Sociais

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Poços de Caldas, Sul do estado, em conjunto com demais Forças de Segurança e com a presença do secretário de Estado de Educação, Igor de Alvarenga, apresentou, nesta quarta-feira (11/10), o andamento das investigações acerca do atentado contra alunos de uma escola particular da cidade, ocorrido nessa terça-feira (10/10). Um adolescente de 14 anos foi apreendido em flagrante pelo ato infracional que vitimou fatalmente um jovem da mesma idade e deixou ferida duas meninas de 14 e 17 anos e um adolescente, de 13.

Na ocasião, o delegado Cleyson Brene adiantou que a PCMG já representou pelo mandado de internação temporária do jovem, que segue detido. Brene ressaltou que não há elementos investigativos indicando, até o momento, relação do adolescente com grupos de ódio ou outras redes criminosas. “Tudo aponta, nesse momento, de que se trata de um ato isolado. Além disso, o adolescente infrator não estava no radar do Ministério da Justiça, que tem um banco de dados significativo por conta dos trabalhos realizados ao longo do ano”, disse.

Força-tarefa

Tão logo tomou conhecimento dos fatos, a Polícia Civil deslocou imediatamente até o colégio e, inicialmente, com as informações colhidas, uma força-tarefa foi organizada visando efetuar diversos levantamentos que pudessem elucidar o mais rapidamente os fatos.

Uma equipe da PCMG ficou responsável pela análise das imagens das câmeras de segurança e também da entrevista de testemunhas que estavam no local, incluindo os policiais militares que realizaram o atendimento inicial.

Outra equipe se deslocou até a residência do adolescente infrator, juntamente com uma equipe completa de peritos, para análise do quarto do jovem. “Foi uma diligência muito produtiva. Não havia equipamentos eletrônicos no local, mas encontramos cadernos com anotações, algumas gravuras, que podem apoiar a investigação em andamento”, observou Cleyson Brene

Uma unidade da Polícia Civil conseguiu, no mesmo dia, localizar o celular do adolescente. O aparelho teria caído ao solo no momento da abordagem policial e o familiar de uma das crianças teria levado para casa. Assim, a PCMG identificou a testemunha que arrecadou o celular, que já está com a Polícia Civil.

Levantamentos

O delegado Cleyson Brene adiantou, ainda, que os trabalhos periciais já foram iniciados, tendo o aparelho celular sido submetido à análise. “Importante destacar o trabalho conjunto com o Ministério da Justiça, que está dando um apoio fundamental à investigação, em especial por meio do Laboratório de Crimes Cibernéticos. Assim, estamos conseguindo informações relacionadas aos dados telemáticos e das redes sociais do adolescente infrator – todas elas já identificadas”, disse.

Para os levantamentos policiais, a Polícia Civil aguarda laudos da perícia técnica no colégio. “Além disso, tenho de destacar o papel dos médicos-legistas que atuaram na força tarefa. Eles desempenharam papel dificílimo e necessário, atuando como ponte no hospital para fornecer informações técnicas que pudessem nos auxiliar”, ressaltou o delegado.

O adolescente sob investigação foi ouvido em delegacia, sendo a entrevista gravada em formato audiovisual, na presença do representante legal. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Poder Judiciário também acompanham o caso.

As investigações prosseguem.