Crédito: O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro é candidato ao Senado pelo União Brasil e disputa vaga pelo Paraná. (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A Justiça Eleitoral cumpriu, na manhã deste sábado (03/09), mandados de busca e apreensão na casa do ex-juiz Sergio Moro, em Curitiba.

Candidato ao Senado pelo Paraná, Sérgio Moro é acusado de distribuir materiais de campanha irregulares.

O TRE do Paraná atendeu um pedido dos advogados do PT que alegaram que os materiais impressos da campanha do ex-juiz violam a legislação eleitoral. O advogado do partido, Luiz Eduardo Peccinin também reclamou à Justiça que as redes sociais de Moro têm veiculado propaganda irregular, “ante a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”.

A Justiça determinou a exclusão de todos os vídeos do canal de Sérgio Moro no YouTube, inclusive aqueles que fazem menções e críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de dezenas de links nas páginas sociais de sua campanha.

Procurada, a defesa de Moro confirmou a operação e disse que em breve a assessoria do ex-ministro vai se manifestar.

O apartamento de Sergio Moro foi o local da busca e apreensão porque ele foi registra do como sendo o comitê central da sua campanha ao Senado.

Para o advogado da federação, Luiz Eduardo Peccinin, “a Justiça eleitoral paranaense garante a igualdade no cumprimento da lei para todos os candidatos. O critério é objetivo e praticamente toda a campanha dos candidatos está irregular. No caso de Sérgio Moro, sua propaganda visivelmente tenta esconder seus suplentes do eleitor, por isso deve ser inteiramente suspensa”.

Desavenças nas redes sociais
Lula e Moro tem se alfinetado mutuamente pelas redes sociais. Na última quarta-feira (31), o ex ministro da Justiça de Bolsonaro (PL) disse em suas redes sociais: “Não tenho dúvidas de que você, Lula, é tão inocente como o Eduardo Cunha”, em referência ao ex-deputado que foi condenado a 15 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato no Paraná.

Anteriormente, o ex-presidente tinha acusado Moro de condená-lo por interesse político. “Mesmo com tantas absolvições, tem gente que insiste em não reconhecer”, afirmou o ex-presidente.