Rodrigo chegou a ser socorrido, mas não resistiu RECORDTV MINAS/REPRODUÇÃO

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou o torcedor atleticano Yuri Ramon Pereira de Oliveira pelo assassinato do cruzeirense Rodrigo Marlon Caetano Andrade, de 25 anos, durante uma briga antes do clássico mineiro, em março deste ano.

No documento, assinado na última quinta-feira (29), a promotora Janaini Keilly Brandão Silveira, pede que Yuri, de 29 anos, responda por homicídio. Segundo Janaini, a morte aconteceu por motivo torpe, considerado desprezível, e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

Ainda segundo a denúncia, o acusado, que é integrante da Galoucura, atirou contra Rodrigo, no bairro São Geraldo, na região leste da capital mineira. Ele chegou a ser socorrida para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leste e transferido para o Hospital João 23, mas não resistiu aos ferimentos. Rodrigo deixou um filho com 5 anos na época.

Os disparos também atingiram uma outra vítima, porém ela foi socorrida e se recuperou bem. Esse envolvido foi apontado pelo MP como testemunha do crime para depor nas fases seguintes do processo.

A reportagem entrou em contato com o advogado de defesa do acusado, Alex Luiz Damasceno Xavier, que disse que vai se pronunciar em breve.

Confronto entre torcidas

No dia 6 de março deste ano, data em que Atlético-MG e Cruzeiro se enfrentaram no Mineirão, um grupo de integrantes da Galoucura combinou de se encontrar antes da partida no bairro Boa Vista, na região leste de Belo Horizonte.

No final da manhã, torcedores da Máfia Azul, organizada do time celeste, chegaram ao local lançando pedras, porretes, pedaços de pau e explosivos artesanais. Segundo o MP, foi neste momento que os atleticanos revidaram e a briga generalizada começou.

Logo depois, Yuri sacou a arma e atingiu Rodrigo e mais um torcedor. Ainda de acordo com o Ministério Público, após ferir as vítimas, ele continuou no local intimidando os demais com um revólver.

Apesar de ser identificado pela Polícia Civil na época do crime, o acusado não chegou a ser preso.